Será que o Arsenal vai conseguir acabar com a seca de títulos que dura há 20 anos nesta temporada?
A linha defensiva do Arsenal se tornou sua arma mais poderosa. A parceria entre Gabriel Magalhães e William Saliba tem sido a base do sucesso da equipe nesta temporada. Gabriel, frequentemente descrito por especialistas como um dos melhores zagueiros do mundo atualmente, impõe domínio físico, enquanto a tranquilidade e o controle de Saliba equilibram perfeitamente a dupla.
Segundo dados da Opta, o Arsenal sofreu apenas três gols nos primeiros 15 jogos da liga — um recorde impressionante no futebol moderno. A última vez que a equipe sofreu um gol foi em 28 de setembro contra o Newcastle United, partida que terminou com vitória por 2 a 1. Desde então, já são sete partidas consecutivas sem sofrer gols, com a defesa invicta em todas as competições.
O teste mais recente veio na vitória por 2 a 0 sobre o Burnley, quando Marcus Edwards acertou a trave nos acréscimos e por pouco não encerrou a sequência. Esse lance garantiu mais um jogo sem sofrer gols — o sétimo consecutivo, um feito que, segundo dados históricos da Opta, não acontecia desde março–abril de 1999.
Mas não se trata apenas de evitar gols. O Arsenal tem negado completamente as chances dos adversários. Nos últimos quatro jogos da liga, a equipe sofreu apenas um chute a gol. Esse nível de controle não é sorte, e sim fruto de um esforço coletivo bem organizado — produto claro da disciplina tática e do trabalho defensivo de Mikel Arteta.
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Superioridade nas bolas paradas
As jogadas de bola parada se tornaram outra arma vital no arsenal do Arsenal — literalmente. De acordo com uma publicação da OptaJoe no X, datada de 1º de novembro de 2025, o clube já marcou oito gols de escanteio em seus dez primeiros jogos da Premier League. Se mantiverem esse ritmo, podem terminar a temporada com cerca de 30 gols em jogadas de bola parada.
Essa nova eficiência oferece ao Arsenal uma vantagem crucial, especialmente contra times que se defendem em blocos baixos e compactos. Com rotinas de escanteio bem ensaiadas e estratégias criativas de cobranças de falta, o Arsenal está encontrando novas maneiras de quebrar defesas rígidas — uma área que antes frustrava seus torcedores.
Profundidade do elenco e jovens promessas
A janela de transferências do verão foi transformadora. Novos reforços como Eberechi Eze, Piero Hincapié, Cristhian Mosquera, Noni Madueke e Viktor Gyökeres já mostraram lampejos do que podem oferecer — energia, criatividade e versatilidade.
Jovens talentos como Myles Lewis‑Skelly, Ethan Nwaneri e Max Downman também começaram a fazer contribuições valiosas. Sua inclusão nas rotações do time principal trouxe profundidade e competição — ingredientes essenciais para qualquer equipe que disputa múltiplos títulos.
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Jogadores-chave conduzindo a campanha
Vários nomes se destacam nesta campanha impressionante do Arsenal. Declan Rice segue comandando o meio-campo com compostura e controle, ditando o ritmo e interceptando jogadas com precisão.
Ao seu lado, Martín Zubimendi — uma das contratações mais inteligentes de Arteta — trouxe equilíbrio e qualidade técnica, ajudando na transição fluida entre defesa e ataque.
Na defesa, Gabriel Magalhães lidera com autoridade e agressividade, formando com Saliba uma das duplas mais confiáveis da liga. O brasileiro também tem contribuído ofensivamente, com dois gols e três assistências até agora — um reflexo de sua crescente influência em ambas as áreas do campo.
Mais à frente, Viktor Gyökeres começa a encontrar seu ritmo, contribuindo com gols e presença física, enquanto o retorno de Bukayo Saka após lesão reacendeu o lado direito, trazendo criatividade e objetividade que poucas defesas conseguem conter. Juntos, esses jogadores incorporam a mistura de solidez e talento que define o ressurgimento do Arsenal.
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A concorrência
Enquanto o Arsenal cresce, seus rivais mostram fraquezas. O Liverpool tem apresentado uma forma inconsistente, afetando seu ritmo, enquanto o Manchester City tem se mostrado surpreendentemente vulnerável, deixando escapar pontos em jogos que normalmente dominaria.
Ainda assim, mesmo com a posição favorável do Arsenal, Mikel Arteta se recusa a rotular sua equipe como favorita ao título.
Falando antes do último confronto da Liga dos Campeões contra o Atlético de Madrid — um dia após a derrota do Liverpool para o Galatasaray — o treinador destacou que seu foco está exclusivamente no desempenho, e não em previsões.
“O que me dá convicção é a energia, o compromisso e a qualidade do time”, disse Arteta aos jornalistas. “Mas é preciso provar isso todos os dias — não podemos nos empolgar com nada.”
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Suas palavras refletem a mentalidade equilibrada do elenco — com foco na consistência, e não na expectativa.
Veredito final
Pela primeira vez em vinte anos, o Arsenal parece ter todos os ingredientes de uma campanha campeã — uma defesa sólida, clareza tática e um elenco mais profundo e maduro.
No entanto, manter esse ritmo durante o exigente calendário de inverno será o verdadeiro teste. Se a equipe de Arteta conseguir manter o nível atual e preservar seus principais jogadores, os torcedores do Arsenal podem finalmente ver o troféu da Premier League retornar ao Emirates Stadium em 2025.
Fontes: BBC Sport, Sky Sports, The Guardian, Opta
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