Um fim de semana de surpresas: as potências europeias perdem o domínio
A vitória por 3–0 do Arsenal sobre o Tottenham pertenceu inteiramente a Eberechi Eze, cuja atuação teve o tipo de impacto que pode mudar uma disputa pelo título. Os torcedores do Spurs chegaram a esperar que ele se juntasse ao clube durante a janela de transferências de verão; em vez disso, viram-no comandar o dérbi pela faixa direita do meio-campo do Arsenal.
Com Martin Ødegaard ainda fora por lesão, Eze assumiu o controle desde cedo dando o tom com um passe sutil e elevado para Declan Rice — e foi se tornando cada vez mais incisivo à medida que o jogo avançava. Seus gols antes e depois do intervalo colocaram o Arsenal fora do alcance, e ao apito final, ele circulava entre as linhas com a confiança de quem domina completamente o momento.
Olise continua em ascensão na Alemanha
No dia anterior, Michael Olise protagonizou uma atuação igualmente decisiva na Baviera. O Bayern de Munique perdia por dois gols para o Freiburg com menos de 20 minutos de jogo, mas Olise praticamente levou a equipe à virada sozinho.
Ele deu a assistência para o primeiro gol, empatou com um chute potente, cobrou o escanteio que resultou no voleio de Dayot Upamecano, desmontou a defesa do Freiburg em mais uma jogada incisiva e encerrou a reviravolta com um gol solo.
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Já ultrapassando 20 participações diretas em gols na temporada, ele rapidamente se tornou uma das figuras mais influentes do Bayern e o seu confronto iminente com Eze na Liga dos Campeões promete ser um dos grandes atrativos.
Nuvens pesadas pairam sobre grandes clubes
A má fase do Liverpool se agravou com uma apática derrota para o Nottingham Forest — a sexta no campeonato. A tensão em Anfield era palpável, e o capitão Virgil van Dijk resumiu o momento de forma direta: “No momento, é um caos – é um fato.” Uma equipe que antes se destacava pela organização e intensidade agora parece insegura e sem ideias.
O Manchester City enfrentou seus próprios desafios na derrota para o Newcastle. Phil Foden, que disputa espaço em um meio-campo inglês cada vez mais competitivo, desperdiçou chances importantes um fator que pode pesar na análise de Thomas Tuchel, atual técnico da seleção inglesa, enquanto Jude Bellingham e Morgan Rogers continuam em grande forma.
Pela Europa, favoritos oscilam ou se reinventam
O retorno do Barcelona ao Camp Nou — parcialmente reaberto após mais de dois anos de reformas — foi marcado por uma vitória por 4–0 sobre o Athletic Club. A atuação transmitiu a sensação de um novo começo, e a declaração de Robert Lewandowski de que a equipe se sente “um pouco mais forte” em casa refletiu bem o clima.
Na Serie A, Hakan Çalhanoğlu viveu uma noite amarga: as esperanças da Inter de Milão de resgatar o dérbi foram frustradas quando seu pênalti, já no fim do jogo, foi defendido, selando a derrota por 1–0 diante do Milan. O Napoli, por outro lado, ofereceu uma narrativa mais positiva: Antonio Conte adotou seu habitual esquema 3-4-3 e imediatamente viu mais velocidade, amplitude e coesão na vitória por 3–1 sobre a Atalanta, acalmando rumores de tensão interna no elenco.
Os velhos problemas do Borussia Dortmund voltaram à tona quando a equipe desperdiçou uma vantagem de 2–0 e cedeu o empate ao Stuttgart nos acréscimos. As ambições do início da temporada já parecem estar se reduzindo à luta por uma vaga na Liga dos Campeões, deixando para trás qualquer sonho de alcançar o Bayern.
Na Holanda, o Feyenoord de Robin van Persie deixou escapar uma liderança no fim contra o NEC — um fim frustrante para um jogo que começou com entusiasmo após o treinador convocar pela primeira vez seu filho adolescente, Shaqueel, para o elenco principal.
E na França, Paul Pogba fez um retorno emocionante ao futebol profissional com o Mônaco após 811 dias de ausência. Sua breve aparição na derrota por 4–1 para o Rennes foi menos significativa do que o simples fato de ele finalmente voltar a pisar em campo.
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Fontes: Reuters, BBC, AP.
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