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Estêvão é agora o maior talento adolescente do futebol, depois de superar Lamine Yamal?

O barulho dentro do estádio mal havia diminuído quando ficou claro que Marc Cucurella estava determinado a tornar a noite de Yamal o mais desconfortável possível.

Segundo a equipe de comentaristas da Amazon Prime, o lateral-esquerdo acompanhou o ponta do Barcelona passo a passo, quase sem lhe conceder mais que meio segundo com a bola nos pés. Yamal, normalmente tão incisivo ao cortar para dentro com o pé esquerdo, passou boa parte do primeiro tempo recuando em direção ao meio-campo em busca de espaço.

Enquanto isso, o Chelsea se alimentava da energia do ambiente. A decisão de Enzo Maresca de escalar Estevão como titular — algo que ele vinha evitando fazer com regularidade na Premier League deu à equipe da casa uma saída mais direta pelo lado direito.

O jovem partiu repetidamente para cima de Alejandro Baldé, que parecia cada vez mais desconfortável à medida que a primeira etapa avançava.

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O gol que abriu o placar veio aos 28 minutos, quando Cucurella cruzou rasteiro pela pequena área. Jules Koundé, de frente para seu próprio gol, acabou desviando contra as próprias redes sob pressão.

Outros três gols do Chelsea foram anulados por irregularidades, mas naquele ponto o Barcelona já havia adotado uma postura de contenção de danos, especialmente após ficar com um jogador a menos pouco antes do intervalo.

O gol marcante de Estevão

O momento que fez Stamford Bridge explodir de pé aconteceu pouco depois da marca de uma hora de jogo. Estevão encontrou espaço dentro da área, ajeitou para o seu pé menos hábil e soltou uma bomba no ângulo. Um chute que não parecia coisa de adolescente.

O relatório oficial da UEFA confirmou posteriormente que o gol o colocou em um grupo seleto: apenas o terceiro jogador a marcar em suas três primeiras partidas como titular na Liga dos Campeões.

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Após a partida, ele declarou à Amazon Prime: “É o melhor momento da minha carreira... minha família está aqui, estou muito, muito feliz.” Acrescentou que “encontrou um espaço e se esgueirou” antes de finalizar.

A noite de Yamal teve um enredo bem diferente. O Diario Sport descreveu sua atuação como a de alguém que “passou despercebido por longos períodos do jogo”. Ele desperdiçou uma chance clara e teve pouco sucesso nos duelos individuais antes de ser substituído por Hansi Flick aos 80 minutos. Sua frustração era visível no momento em que chegou à linha lateral.

Ecos do passado do Chelsea

Gianfranco Zola, assistindo das arquibancadas, elogiou a maturidade de Estevão. Disse à Amazon Prime que o jovem “jogou como alguém mais velho do que sua idade” e destacou sua disposição para arriscar jogadas difíceis em espaços curtos — algo pelo qual o próprio Zola era conhecido.

Wayne Rooney, comentando a partida para o canal, afirmou que a introdução gradual de Estevão por Maresca foi “muito bem planejada”, apontando seu esforço em campo e disciplina tática como sinais de que está se adaptando ao futebol de elite com responsabilidade — e não apenas com brilho.

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Uma oportunidade perdida em Madri

Enquanto o Chelsea comemorava uma atuação reveladora, o jogo reacendeu um tema desconfortável na Espanha. A ESPN Brasil relatou um “incômodo crescente” no Real Madrid por não ter fechado com Estevão antes que o Chelsea concluísse o acordo de 29 milhões de libras com o Palmeiras.

O clube esperava, ao menos internamente, ver no futuro uma dupla entre Yamal e Estevão em um El Clásico. Mas é a Premier League que está testemunhando os primeiros capítulos da ascensão do jovem brasileiro.

Fontes: Amazon Prime, Diario Sport, relatório oficial da UEFA, ESPN Brasil

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