Man City 115 acusações bombásticas são reveladas quando ex-assessor revela nova linha do tempo
A Premier League acusou o Manchester City pela primeira vez em fevereiro de 2023 por 115 supostas violações das regras financeiras ao longo de um período de nove anos, de 2009 a 2018 — número que mais tarde foi ampliado para 134 infrações alegadas, segundo reportagens do The Guardian e da BBC Sport. Uma comissão independente ouviu doze semanas de depoimentos de ambas as partes antes de concluir seus trabalhos no outono de 2023.
Normalmente, as comissões da Premier League emitem seus veredictos em poucos meses. Neste caso, porém, quase um ano se passou sem qualquer atualização pública — um intervalo incomumente longo que tem alimentado especulações em todo o mundo do futebol. O City continua negando todas as acusações e afirma estar “totalmente confiante” de que será inocentado.
A liga e o clube estão obrigados a manter silêncio durante as deliberações, o que só aumentou o clima de incerteza.
Conselheiro prevê decisão “antes do Natal”
Falando à talkSPORT, o ex-conselheiro do City, Stefan Borson, contestou as suposições crescentes de que a decisão possa ser adiada até 2025.
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“Eu acho que o Simon acredita que sairá no ano que vem — eu ainda acho que pode sair antes do Natal”, disse ele. Borson acrescentou que o caso está “iminente há algum tempo”, argumentando que o processo “não leva tanto tempo” uma vez encerradas as audiências.
Ele também destacou que nem o City nem a Premier League são responsáveis pela demora. “Todos os advogados estão surpresos por ainda não haver uma decisão neste estágio”, afirmou, acrescentando que é a própria comissão que está “atrasando tudo”.
Nem todos compartilham o otimismo de Borson. Alguns analistas jurídicos disseram ao The Times que a complexidade do regulamento e o volume de provas podem simplesmente exigir mais tempo, especialmente considerando o precedente que essa decisão poderá estabelecer.
O que pode vir no veredito
Caso a comissão decida contra o City, a gama de sanções possíveis é ampla. As penalidades podem incluir:
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- Multas financeiras
- Perda de pontos
- Restrições em transferências
- Em casos extremos, expulsão da liga
No entanto, especialistas jurídicos da Norton Rose Fulbright, citados por diversos veículos britânicos, acreditam que a Premier League tende a buscar uma solução mais equilibrada, em vez da punição mais severa possível.
As possibilidades de recurso seriam limitadas. Segundo a Lei de Arbitragem de 1996, só é possível recorrer sob condições muito específicas, o que significa que a decisão da comissão tem — nas palavras do escritório — uma probabilidade “esmagadora” de ser mantida.
Efeitos além de Manchester
Um veredito de culpabilidade pode levar outros clubes a buscar indenizações, embora especialistas em direito esportivo ressaltem que tais processos são notoriamente difíceis de vencer e exigiriam provas claras de prejuízo financeiro causado pelo comportamento alegado do City.
Além das consequências imediatas, espera-se que a decisão influencie os debates em andamento sobre regulação financeira, integridade competitiva e a capacidade da Premier League de fazer cumprir suas próprias regras.
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Por enquanto, tanto a liga quanto o atual campeão — assim como torcedores, clubes e analistas — permanecem presos em uma longa e incomum espera, que pode estar prestes a chegar ao fim.
Fontes: talkSPORT, The Guardian; BBC Sport, The Times, comentários da Norton Rose Fulbright, analistas jurídicos do Reino Unido.
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