Griezmann ignora Messi e Ronaldo em surpreendente escolha dos melhores jogadores de todos os tempos da La Liga
Em um quadro da ESPN, Antoine Griezmann foi convidado a escolher seus favoritos em várias categorias. As respostas vieram rapidamente: Didier Drogba na finalização, Andrés Iniesta pela criatividade, Marcel Desailly pela qualidade defensiva e Gianluigi Buffon no gol.
Quando o assunto foi habilidade e improviso, ele optou por Ronaldinho. E, ao ser questionado sobre a presença intangível em campo, apontou Zinedine Zidane como o jogador que carregava a maior “aura”.
Griezmann reconheceu o que muitos torcedores consideram óbvio: Lionel Messi e Cristiano Ronaldo são os dois melhores jogadores de todos os tempos. No entanto, isso não significa que algum deles esteja no topo da sua lista dos maiores da história da La Liga.
Por que ele acredita que Cruyff está acima de Messi e Ronaldo
Ao ser pressionado a apontar o maior jogador da história do campeonato espanhol, Griezmann escolheu Johan Cruyff — uma escolha que reflete o quanto as ideias do ídolo holandês continuam moldando o futebol até hoje.
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Apesar de Griezmann ter disputado 85 partidas ao lado de Messi durante sua passagem pelo Barcelona, ele afirmou à ESPN que o impacto de Cruyff foi “além do brilho individual”, destacando, em vez disso, a forma como ele transformou toda uma cultura futebolística.
A carreira de Cruyff como jogador do Barcelona nos anos 1970 está bem documentada por registros históricos, inclusive pela ESPN. Nesse período, ele conquistou títulos nacionais e copas, além de ter vencido a Bola de Ouro em 1973 e 1974. Seus 60 gols e 28 assistências em 180 jogos contam apenas parte da história; seu legado maior foi a introdução de um estilo de jogo que, mais tarde, se tornaria sinônimo da identidade do clube catalão.
Um técnico que redefiniu um clube
A influência de Cruyff cresceu ainda mais quando ele retornou como treinador, entre 1988 e 1996. Suas equipes conquistaram quatro títulos consecutivos da La Liga e venceram a Copa dos Campeões da Europa na temporada 1991–92, estabelecendo a base tática sobre a qual times futuros do Barcelona — especialmente os comandados por Pep Guardiola — seriam construídos.
Após a morte de Cruyff, em 2016, homenagens surgiram de todas as partes. Lionel Messi o chamou de “lenda”, e Guardiola, em entrevista à RAC1, o descreveu como “um mestre e revolucionário”.
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Guardiola refletiu sobre o quanto Cruyff influenciou a maneira como os jogadores pensam o futebol:
“Ele nos fez entender o jogo. Seus conselhos eram fundamentais. Ele te incentivava a seguir o instinto, a tomar decisões. Ele te abria os olhos.”
Ele acrescentou que o futebol é tão complexo que sentimos a necessidade de controlar tudo — “a não ser que você seja o Messi” — e que, mesmo assim, Cruyff ajudava os jogadores a lidar com essa complexidade com confiança.
Uma escolha que fala tanto de influência quanto de talento
A escolha de Griezmann o alinha com uma longa lista de jogadores e treinadores que atribuem a Cruyff a transformação do DNA futebolístico do Barcelona — e, possivelmente, do futebol espanhol. Embora Messi e Ronaldo continuem sendo figuras centrais no debate atual, o legado de Cruyff atravessa gerações, tornando a escolha de Griezmann menos surpreendente quando se entende o contexto.
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Fontes: ESPN, RAC1
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