Reviravolta jurídica explosiva enquanto Antonio Brown tenta barrar caso de tentativa de homicídio em Miami
Pedido de arquivamento com base na lei Stand Your Ground
Antonio Brown declarou se inocente da acusação de tentativa de homicídio em segundo grau e agora solicita o arquivamento do caso com base na lei Stand Your Ground do estado da Flórida.
Segundo a ESPN, a equipe jurídica de Brown apresentou o pedido no início desta semana, com o advogado Mark Eiglarsh confirmando publicamente o protocolo no sábado. A petição sustenta que o uso da força por Brown em 16 de maio foi legalmente justificado e que ele tinha um receio razoável de sofrer danos graves.
Registros judiciais indicam que Brown foi formalmente indiciado após retornar a Miami no mês passado, depois de ter sido extraditado por agentes federais dos Estados Unidos a partir de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde passou quase seis meses. Posteriormente, ele foi libertado mediante fiança de 25.000 dólares e colocado em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico por GPS.
“O uso da força por Brown em 16 de maio de 2025 foi plenamente justificado”, afirma a petição. “Brown acreditava razoavelmente que a suposta vítima pretendia lhe causar ferimentos graves.”
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Disparos fora de um evento de boxe com celebridades
A acusação decorre de uma altercação ocorrida fora de um card de boxe amador organizado em 16 de maio pelo streamer Adin Ross.
De acordo com declarações da polícia citadas em documentos judiciais, Brown se envolveu em uma confrontação com Zul Qarnain Kwame Nantambu, um ex amigo. Os investigadores alegam que Brown teria tomado uma arma de fogo de um segurança e efetuado dois disparos durante a discussão.
As autoridades informaram que uma bala atingiu de raspão o pescoço de Nantambu, embora ele não tenha sofrido ferimentos com risco de morte. Brown não foi preso no local porque a polícia ainda não havia identificado a vítima, segundo os agentes.
Versões conflitantes do incidente
Na petição da defesa, Brown afirma que tentava chegar ao seu veículo quando foi atacado por Nantambu. O documento sustenta que Brown temia que Nantambu estivesse armado e que disparou dois tiros de advertência, apontando deliberadamente para longe a fim de evitar ferimentos.
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O Ministério Público contesta essa versão. Segundo os promotores, imagens de câmeras de segurança mostram Nantambu se afastando antes que Brown o perseguisse e efetuasse os disparos. A polícia também declarou que vídeos nas redes sociais parecem mostrar Brown segurando uma arma momentos antes dos tiros.
O advogado de Nantambu, Richard L. Cooper, criticou duramente a petição. Em uma audiência realizada em novembro, Cooper afirmou, “Pela graça de Deus, ele não foi morto”, classificando o pedido como uma reconstrução distorcida dos fatos.
Riscos jurídicos e histórico conturbado
A defesa cita a lei Stand Your Ground da Flórida, aprovada em 2005, que elimina o dever de recuar antes do uso de força letal em determinadas circunstâncias e pode conceder imunidade contra processos criminais. A legislação ganhou atenção nacional após a morte de Trayvon Martin em 2012.
A petição de Brown também alega um histórico de violência por parte de Nantambu, incluindo um suposto roubo de joias em Dubai que, segundo a defesa, teria resultado em uma pena de 30 dias de prisão.
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Caso o tribunal rejeite o pedido e Brown seja condenado, ele poderá enfrentar até 30 anos de prisão sob a lei da Flórida.
Antigamente um dos wide receivers mais dominantes da NFL por Pittsburgh e Tampa Bay, a carreira esportiva de Brown terminou em 2021. Desde então, uma série de controvérsias jurídicas e públicas continuam a acompanhá lo neste novo capítulo judicial.
Sources: ESPN, registros judiciais, declarações policiais
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