A Federação Inglesa de Futebol (FA) aplica regras extremamente rígidas sobre apostas para garantir a integridade do esporte. Jogadores, treinadores e membros das comissões técnicas — desde o nível profissional até a oitava divisão do futebol inglês, além das duas principais divisões do futebol feminino — estão proibidos de apostar em futebol ou divulgar informações confidenciais. A seguir, veja nove casos notórios envolvendo jogadores da Premier League que violaram essas normas.
9. Martin Demichelis – Multa de 25.000 € (2016)
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Enquanto atuava pelo Manchester City, Martin Demichelis fez 29 apostas em jogos de futebol durante um período de quatro semanas em 2016. A FA o considerou culpado, mas optou por não suspendê-lo, aplicando apenas uma multa. Ele deixou o clube naquele mesmo verão para se juntar ao Espanyol e depois virou treinador.
8. Cameron Jerome – Multa de 58.500 € (2013)
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Na época em que jogava pelo Stoke City, Cameron Jerome foi multado em 58.500 € por violar repetidamente as regras de apostas da FA. Ele não foi suspenso, pois nenhuma das apostas envolvia jogos ou competições em que ele atuava. Ainda assim, recebeu um aviso formal da federação.
7. Andros Townsend – Suspensão condicional de 4 meses, multa de 21.000 € (2013)
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Em 2013, Andros Townsend foi suspenso por quatro meses, sendo três em regime condicional, e recebeu uma multa de 21.000 €. Apesar de não ter apostado em partidas em que jogava, ele decidiu se retirar da seleção sub-21 da Inglaterra para o Campeonato Europeu daquele ano, devido à gravidade da infração.
6. Harry Toffolo – Suspensão condicional de 5 meses, multa de 24.500 € (2023)
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Toffolo foi considerado culpado por 375 violações das regras entre 2014 e 2017, principalmente durante sua passagem pelo Norwich City. Problemas de saúde mental foram reconhecidos como fatores atenuantes pela FA. Sua suspensão condicional continua válida até o fim da temporada 2024/25.
5. Kieran Trippier – Suspensão de 10 semanas, multa de 82.000 € (2020)
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Trippier foi suspenso por dez semanas após compartilhar com amigos informações sobre sua transferência para o Atlético de Madrid, em 2019, que foram usadas para realizar apostas. Ele perdeu 11 jogos e teve que pagar uma multa de 82.000 €.
4. Daniel Sturridge – Suspensão de 4 meses, multa de 175.500 € (2020)
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Inicialmente, Sturridge recebeu uma punição leve, mas após apelação da FA, foi suspenso por quatro meses e multado em 175.500 €, o valor mais alto desta lista. Ele havia incentivado seu irmão a apostar em uma possível transferência para o Sevilla. Como consequência, seu contrato na Turquia foi rescindido e sua carreira internacional sofreu impacto.
3. Ivan Toney – Suspensão de 8 meses, multa de 58.500 € (2023)
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Toney admitiu ter violado as regras da FA em 232 ocasiões, incluindo apostas em seu próprio time e em seu desempenho. Inicialmente suspenso por 15 meses, a punição foi reduzida para oito após o diagnóstico de vício em jogos de azar. Ele voltou a tempo de disputar a Eurocopa 2024 com a Inglaterra.
2. Sandro Tonali – Suspensão de 10 meses, multa de 43.700 € (2023)
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Tonali foi suspenso por dez meses por apostas feitas durante sua passagem pelo Milan. Após sua chegada ao Newcastle, também foi descoberto que ele apostou em vitórias do seu novo clube. Além da punição, foi obrigado a participar de ações educativas sobre os riscos do vício em apostas com jogadores mais jovens.
1. Joey Barton – Suspensão de 18 meses, multa de 35.000 € (2017)
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Barton recebeu a punição mais longa já imposta pela FA: 18 meses de suspensão por ter feito 1.260 apostas ao longo de dez anos. Algumas delas envolviam derrotas do próprio time, embora ele não estivesse em campo. Barton admitiu ser viciado em jogos e afirmou que sua reputação polêmica influenciou na severidade da punição.
Caso em andamento: Lucas Paquetá – Risco de suspensão vitalícia (2025)
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O meio-campista brasileiro do West Ham está sendo investigado por supostamente forçar cartões amarelos para manipular mercados de apostas. Ele também foi acusado de não colaborar com a investigação da FA. A audiência está marcada para março de 2025, e uma eventual suspensão vitalícia seria algo sem precedentes no futebol inglês.