A análise de Thierry Henry sobre a situação de Mohamed Salah
Thierry Henry fez uma avaliação contundente dos comentários recentes de Mohamed Salah durante a cobertura da Liga dos Campeões no CBS Sports Golazo nesta terça-feira, acrescentando um novo peso a uma história que tem dominado a semana do Liverpool. Henry participou do painel ao lado de Jamie Carragher, Micah Richards e da apresentadora Kate Abdo, enquanto o grupo reagia à crescente onda de críticas em torno do atacante.
Relatos indicam clima de insatisfação
A frustração de Salah veio a público após o empate do Liverpool contra o Leeds na Premier League.
De acordo com a BBC Sport e o jornal The Guardian, o jogador de 33 anos sentiu-se “jogado aos leões” após ficar no banco pela terceira partida consecutiva sob o comando do técnico Arne Slot. Ambos os veículos também relataram que Salah acredita que sua relação com Slot se deteriorou e que ele teria insinuado a intenção de se pronunciar aos torcedores após o próximo jogo em casa, contra o Brighton.
Esses acontecimentos ocorrem em meio a um momento conturbado da temporada do Liverpool, marcado por oscilações de desempenho e pela adaptação ao estilo tático em evolução de Slot.
Leia também: Barcelona vira o jogo contra o Frankfurt, mas a reação de Yamal domina a conversa na Liga dos Campeões
Henry: “Esse não é o momento de expor isso”
Henry enfatizou que o histórico de Salah não está em debate, mas criticou o momento escolhido pelo jogador para se manifestar publicamente.
“Você não fala sobre a sua situação pessoal quando o time está enfrentando dificuldades”, afirmou no CBS. Henry relatou ter passado por frustrações semelhantes em sua carreira, mas destacou que todos os seus conflitos com treinadores ocorreram de forma privada, nunca pela imprensa.
Ele acrescentou que os treinadores avaliam os jogadores pelo desempenho atual e não pelos feitos do passado, e que tornar esse tipo de descontentamento público pode aumentar ainda mais a tensão num grupo que já está sob pressão.
Richards questiona: como uma estrela lida com o banco?
Micah Richards aprofundou o debate, reconhecendo que grandes jogadores frequentemente têm dificuldades para lidar com a reserva.
Leia também: O antigo aluno de Guardiola sob pressão no Bernabéu
Richards disse entender o orgulho de Salah, mas discordou da decisão de se manifestar: “Não concordo com ele se colocar acima do time.”
Henry respondeu com uma lembrança de seus tempos de Barcelona, relembrando uma viagem para um jogo da Liga dos Campeões contra o Villarreal, em que foi surpreendido ao ser deixado de fora até mesmo do banco, apesar de sua experiência. Ele admitiu ter ficado irritado, mas resolveu o conflito nos bastidores com o então técnico Pep Guardiola.
“O time em primeiro lugar”, resumiu, reforçando a mensagem que acredita que Salah deveria ter adotado.
Apesar das críticas, Henry reiterou sua admiração pela carreira de Salah e deixou claro que sua objeção se refere ao momento e à forma das declarações — e não ao legado do jogador.
Leia também: Barcelona vive um regresso multifacetado à Liga dos Campeões no Camp Nou
Torcedores reagem enquanto o debate cresce
O segmento se espalhou rapidamente pelas redes sociais, com muitos torcedores dizendo que Henry expressou exatamente o que vários fãs do Liverpool estão sentindo. Alguns concordaram que um time em crise não pode se dar ao luxo de lidar com mais turbulência, enquanto outros defenderam que Salah, por tudo que já fez pelo clube, merece compreensão — mesmo que suas palavras tenham sido mal colocadas.
E agora, qual será o caminho do Liverpool?
A resolução do episódio pode depender do que acontecer nas próximas partidas e de uma eventual volta de Salah ao time titular.
Com o Liverpool já se esforçando para se manter na briga pela Premier League e enfrentando um calendário apertado, as declarações de Salah representam mais uma pressão sobre um clube ainda em fase de adaptação à nova era sob comando de um novo treinador.
Fontes: CBS Sports Golazo, BBC Sport, The Guardian
Leia também: O chefe da Fifa enfrenta queixa por violar a neutralidade ao apoiar Trump
Leia também: A Real quer terminar o ano com uma mudança de rumo em Anoeta
