A falha do Snicko que mudou o destino de Carey nas Ashes
Segundo a BBC Sport, que divulgou as explicações dadas pelos responsáveis pela tecnologia, a decisão polémica envolvendo o guarda redes australiano Alex Carey não se deveu a uma falha do sistema, mas sim a um erro do operador.
Erro técnico por trás de um momento decisivo das Ashes
Alex Carey escapou à eliminação quando tinha 72 corridas no terceiro Test das Ashes, depois de a revisão não ter apresentado provas claras de um toque no taco. Mais tarde, o próprio Carey admitiu que tinha tocado na bola, confirmando as suspeitas da equipa inglesa.
A segunda oportunidade revelou se decisiva. Carey acabou por marcar 106 corridas, enquanto a Austrália fechou o primeiro dia com 326 por 8 no Adelaide Oval, transformando um lance contestado num ponto de viragem do jogo.
Operador do Snicko assume a responsabilidade
De acordo com a BBC Sport, num trabalho assinado por Stephan Shemilt e Matthew Henry, a BBG Sports, empresa proprietária da tecnologia Snicko, assumiu a responsabilidade pelo incidente. A empresa explicou que o problema não esteve no sistema em si, mas na sua utilização durante a revisão.
Leia também: FIFA anuncia bilhetes mais baratos para o Mundial de 2026 após protestos dos adeptos
“Dado que Alex Carey admitiu ter tocado na bola em questão, a única conclusão possível é que o operador do Snicko selecionou o microfone de stump errado para o processamento do áudio”, afirmou a BBG à BBC Sport.
“Perante isto, a BBG Sports assume total responsabilidade pelo erro.”
Porque o sistema de revisão falhou
Ao que tudo indica, o áudio utilizado durante a revisão foi captado pelo microfone de stump do lado do lançador e não do lado do batedor. Esta discrepância criou uma falta de correspondência entre as imagens de vídeo e a onda sonora apresentadas ao árbitro de vídeo Chris Gaffaney.
A BBG Sports anunciou que irá realizar uma investigação interna e implementar medidas para evitar que um erro semelhante volte a acontecer. O Snicko integra o sistema de revisão obrigatório nos jogos do World Test Championship.
Leia também: Mahomes susto no joelho pode virar a temporada dos chiefs em segundos
Tecnologia volta a ser questionada no cricket internacional
De acordo com os regulamentos internacionais, a tecnologia de revisão é fornecida pelo difusor anfitrião. Neste caso, a Fox foi a emissora anfitriã e contratou a BBG para operar o Snicko. A Fox recusou comentar o incidente.
O episódio reacendeu o debate sobre a dependência do cricket de alto nível em tecnologia gerida por transmissões televisivas e sobre os riscos de confiar em sistemas que, no fim de contas, continuam dependentes do fator humano.
Fontes, BBC Sport
Leia também: Christian Horner explora o papel de proprietário à medida que o regresso à Fórmula 1 se aproxima
Leia também: A FIFA poderá banir o país da Copa do Mundo após rival apresentar queixa oficial
