A pressão aumenta sobre Arteta, enquanto o Arsenal deixa o Chelsea, com dez jogadores, escapar
O Arsenal ampliou sua sequência de invencibilidade em Stamford Bridge, mas o clima entre os jogadores e os torcedores que viajaram sugeria que o empate por 1 a 1 foi um passo em falso numa corrida pelo título que se acirra a cada semana.
O Chelsea passou a maior parte da tarde com um jogador a menos após a expulsão precoce de Moisés Caicedo, mas o Arsenal nunca encontrou a compostura nem o ritmo necessários para assumir o controle total da partida.
Com o Manchester City encurtando novamente a distância e um calendário de inverno exigente pela frente, a atuação reacendeu perguntas já conhecidas: será que o Arsenal consegue lidar com a pressão ao longo de uma temporada inteira?
Explicação de Arteta chama atenção
Na coletiva de imprensa após o jogo, Mikel Arteta adotou um tom contido, dizendo estar decepcionado, mas orgulhoso do esforço da equipe. No entanto, um comentário à parte, relatado por Kieran Gill do Daily Mail, rapidamente ganhou destaque e ofuscou sua avaliação mais ampla.
Leia também: A seca de gols de Rodrygo reacende debate sobre seu papel no Real Madrid
Segundo Gill, Arteta mencionou o curto intervalo entre as partidas, afirmando: “Jogamos a cada dois dias e meio. Hoje tivemos um dia a menos de descanso que o Chelsea. Mas esse é o calendário.”
O que normalmente poderia ser interpretado como uma simples observação logística gerou uma forte reação nas redes sociais. Torcedores rivais viram a fala como uma desculpa, acusando o técnico do Arsenal de se concentrar no calendário em vez da execução em campo.
Um crítico comentou que “ele poderia ser um treinador muito carismático, mas escolheu ser um chorão”. Outros questionaram como o acúmulo de jogos poderia justificar o fracasso em vencer um adversário que jogou com dez desde o início.
Velhas preocupações retornam
Apesar do progresso evidente da equipe de Arteta, dúvidas sobre a estabilidade emocional do grupo tendem a ressurgir após partidas como essa. Nas últimas temporadas, o Arsenal foi criticado por reações exageradas, cartões evitáveis e falhas em momentos decisivos. Esses episódios frequentemente indicam uma equipe que ainda está aprendendo a lidar com a pressão.
Leia também: Por que Cristiano Ronaldo cospe água durante os jogos
O domingo deu sinais desse padrão: o Arsenal recebeu seis cartões amarelos e, em certos momentos, pareceu apressado em vez de paciente – mesmo com vantagem numérica.
Um analista presente na tribuna de imprensa observou que o meio-campo insistia em forçar passes em vez de desgastar o Chelsea aos poucos – um problema já visto em outras partidas de alta pressão.
Um panorama mais equilibrado
Ainda assim, esta temporada não tem seguido o roteiro das anteriores. O Arsenal não perde desde a apertada derrota para o Liverpool no fim de agosto, e sua organização defensiva melhorou visivelmente.
A estrutura da equipe sem a bola manteve-se sólida durante toda a partida. O principal problema foi a falta de precisão no terço final do campo.
Leia também: O interesse do Real Madrid cresce por destaque da Premier League
O contexto geral da liga também acrescenta uma nova camada. Vários técnicos da Premier League têm demonstrado frustração com a sobrecarga de jogos, e o debate sobre o desgaste físico dos jogadores ganha cada vez mais força.
As declarações de Arteta, embora impopulares entre os rivais, refletem uma preocupação generalizada na liga.
Período decisivo à frente
Dezembro e janeiro historicamente têm sido meses desafiadores para o Arsenal, e os próximos confrontos testarão tanto a profundidade do elenco quanto sua estabilidade emocional. Arteta já declarou diversas vezes que deseja montar uma equipe capaz de competir com consistência em várias frentes. Muitos torcedores acreditam que um grande título poderia mudar completamente a narrativa do projeto.
Por ora, o objetivo é claro: o Arsenal precisa assimilar a frustração de Stamford Bridge, manter o equilíbrio mental e evitar que uma tarde decepcionante interfira no rumo de uma temporada que ainda promete muito.
Fontes: Daily Mail, Reuters, AP, BBC
Leia também: Chelsea, Arsenal polémica do VAR reacende após alegação de fora de jogo
