Clube inglês anuncia grande reforma no estádio
As aspirações do Nottingham Forest de transformar o City Ground estão se tornando mais concretas, com o clube se preparando para apresentar uma nova proposta que aumentaria a capacidade do estádio para cerca de 52.000 lugares.
Se aprovada, a iniciativa colocaria o estádio às margens do rio entre os mais importantes do futebol inglês uma mudança significativa para uma arena que permaneceu praticamente inalterada por décadas.
Um cenário em transformação para o futebol inglês
Em todo o país, o desenvolvimento de estádios tornou-se quase uma norma. Clubes como Portsmouth, Birmingham City e Manchester United têm explorado reformas em larga escala, enquanto Liverpool, Manchester City, Tottenham e Everton já concluíram grandes obras os dois últimos mudando-se completamente de estádio.
Esse movimento não é apenas estético. A receita dos dias de jogo desempenha agora um papel central na sustentabilidade competitiva, e clubes com estádios modernos e de alta capacidade geralmente desfrutam de vantagem financeira. O Forest, apesar de contar com uma torcida fiel, sempre esteve fora desse grupo devido às limitações físicas do local.
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O que o Forest está propondo
Segundo a BBC, o clube está preparando um novo pedido de planejamento que vai muito além das propostas anteriores, que visavam uma capacidade de cerca de 35.000 lugares.
A nova proposta exigiria uma reavaliação de elementos fundamentais do local e uma expansão bem além da área prevista no projeto anteriormente aprovado de reconstrução da arquibancada Peter Taylor.
O City Ground é a casa do Forest desde 1898, e para muitos torcedores, o dilema entre preservar o caráter histórico do estádio e modernizá-lo tem sido tema de debate há anos.
A prefeita da região de East Midlands, Claire Ward, reconheceu essa história em entrevista à BBC. Segundo ela, os torcedores já se acostumaram com promessas de reforma que não se concretizam. “Acho que muitos torcedores, com razão, sentem que já estiveram nesse ponto antes, ouvindo falar de mudanças e se perguntam: será que agora vai mesmo acontecer?”
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Ward, no entanto, acredita que esta nova tentativa tem mais impulso. Ela disse perceber “um foco real” tanto da diretoria quanto da propriedade do clube para obter a aprovação do projeto.
Avanços após contratempos anteriores
Em 2022, o Forest recebeu aprovação para uma reforma mais modesta, mas o plano acabou travado em negociações com a prefeitura de Nottingham sobre os termos do contrato de arrendamento. Em determinado momento, o proprietário Evangelos Marinakis chegou a considerar a construção de um novo estádio em outro local uma ideia que causou preocupação entre os torcedores.
As conversas mudaram de rumo, e em outubro o clube contratou o escritório de arquitetura KSS Group, conhecido por liderar a expansão de Anfield, para desenvolver a nova proposta.
Moradores e comerciantes locais, muitos dos quais dependem do movimento nos dias de jogo, acompanham tudo de perto. Na ponte de Trent e ao longo das margens do rio próximas ao estádio, as opiniões se dividem: alguns veem com bons olhos o impacto econômico; outros se preocupam com os transtornos das obras e a pressão sobre os transportes.
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Cronograma e próximos passos
Segundo o jornal The Sun, as obras podem começar já no próximo verão, caso a autorização seja concedida. A abordagem deve ser por etapas, com um primeiro aumento para cerca de 45.000 lugares, antes de alcançar a capacidade total de 52.000.
Se concretizado, o City Ground passaria a figurar logo atrás dos seis maiores estádios de futebol da Inglaterra um salto expressivo que mudaria significativamente o cenário financeiro de longo prazo do Forest.
Durante um recente evento no estádio, Ward afirmou que o projeto pode trazer “benefícios enormes” para a região de Nottingham, destacando o aumento de circulação de pessoas, novos investimentos e a retenção de mais gastos dentro da cidade.
Uma decisão decisiva para o futuro do Forest
Para um clube que já viveu a glória europeia e também longos períodos fora da elite, essa renovação representa muito mais do que novos assentos e estruturas metálicas. É uma tentativa de garantir um futuro sustentável em uma Premier League onde os investimentos em infraestrutura cada vez mais determinam quem pode competir e quem fica para trás.
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Fontes: BBC, The Sun
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