Fórmula 1

Hamilton em destaque enquanto a Ferrari analisa opções para 2026

Com apenas algumas corridas restantes no calendário da Fórmula 1 de 2025, a atenção do esporte já começa a se voltar para a grande reformulação regulatória prevista para 2026.

O novo pacote técnico deve alterar significativamente o comportamento dos carros e a competitividade das equipes, o que tem gerado especulações antecipadas sobre quem cada equipe deseja ter para essa transição.

Essa análise se intensificou à medida que a Ferrari continua enfrentando problemas de inconsistência. Segundo o site PlanetF1, vários fatores têm dificultado a adaptação de Lewis Hamilton ao pacote da Ferrari, incluindo a sensibilidade do acerto e o ritmo de corrida instável.

Enquanto isso, a Sky Sports informou que Hamilton admitiu que o restante da temporada pode ser “doloroso”, enquanto a equipe continua trabalhando para resolver os problemas persistentes do carro.

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Diante desses desafios, o conturbado primeiro ano de Hamilton na Ferrari se tornou um ponto central tanto para os fãs quanto para os especialistas do paddock.

Embora o heptacampeão mundial ainda seja esperado na equipe na próxima temporada, a falta de resultados expressivos levou alguns observadores a questionarem o quanto o compromisso de longo prazo da Ferrari é realmente firme.

Uma temporada com poucos destaques e sem clareza

A Ferrari tem enfrentado dificuldades para manter um ritmo de corrida consistente este ano — um desafio que ficou evidente quando Hamilton declarou à Reuters que mantém “100% de confiança” na equipe, apesar de uma série de contratempos.

Ainda assim, suas performances individuais têm sido alvo de críticas.

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Como destacou o SPORTbible, tudo indica que Hamilton encerrará a temporada de 2025 sem subir ao pódio, com o quarto lugar sendo seu melhor resultado até agora — conquistado na Áustria, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

A combinação da inconsistência da equipe com as dificuldades de Hamilton abriu espaço para discussões sobre possíveis alternativas — um debate reforçado nesta semana por Richard Hopkins, ex-chefe de operações da Fórmula 1, que já ocupou cargos de liderança na Red Bull e na McLaren.

Em entrevista ao SPORTbible em parceria com o Ignition Casino, Hopkins afirmou que a Ferrari deve se manter atenta às oportunidades disponíveis no atual grid, caso opte por uma mudança.

Seus comentários refletem a crescente pressão sobre a gestão da Ferrari. Segundo a ESPN, com base em reportagem originalmente publicada pela GPFans, o presidente da Ferrari, John Elkann, pediu publicamente para que Hamilton e seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, “falem menos e pilotem mais”, em sinal das expectativas elevadas dentro da escuderia.

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As dinâmicas em mudança na McLaren

Hopkins apontou Oscar Piastri, da McLaren, como o candidato mais promissor caso a Ferrari decida seguir em frente sem Hamilton. Ele observou que tensões dentro da McLaren — especialmente a intensa rivalidade com Lando Norris — teriam levado o australiano a reconsiderar seu futuro na equipe.

“Se você olhar para o grid atual, e se o Oscar se desentender com a McLaren, será que ele seria uma boa escolha? Provavelmente sim”, afirmou Hopkins.

Embora alguns veículos tenham vinculado Piastri a uma futura vaga na Red Bull, Hopkins demonstrou ceticismo. Ele argumentou que o segundo carro da equipe se tornou um ambiente notoriamente complicado, que pode não atrair pilotos já estabelecidos.

“Oscar iria para a Red Bull? Não creio”, disse. “Quem quer que assuma aquele segundo assento na Red Bull... é um cálice envenenado.”

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Hopkins sugeriu que a Red Bull provavelmente apostaria em um piloto jovem de sua academia, em vez de contratar um nome de destaque — o que poderia tornar a Ferrari um destino mais natural para alguém como Piastri.

Um novato em ascensão entra na conversa

Piastri não foi o único nome citado por Hopkins. Ele também destacou o estreante da Haas, Ollie Bearman, como um piloto a ser observado. Bearman já possui vínculos com a Ferrari por meio da sua academia, e seu desempenho na segunda metade da temporada tem gerado crescente interesse.

Hopkins elogiou a consistência do jovem de 19 anos e seu forte ritmo em voltas rápidas, ressaltando que ele superou o companheiro Esteban Ocon em diversas sessões de classificação nas últimas semanas.

Embora ainda esteja em fase de desenvolvimento, Hopkins argumentou que a combinação de juventude, maturidade e experiência precoce de Bearman pode torná-lo um investimento atrativo a médio prazo.

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Por que a estabilidade pode pesar mais que o risco em 2026

Apesar de levantar cenários alternativos, Hopkins voltou à ideia de que a melhor opção para a Ferrari pode ser a mais simples: manter Hamilton.

Com a chegada de um novo regulamento em 2026, ele acredita que a Ferrari deveria contar com a experiência e o conhecimento técnico de um veterano que já passou por várias mudanças de regulamento — uma qualidade valorizada pelas equipes em momentos de grande transformação técnica.

Essa estabilidade, segundo ele, pode ser mais valiosa do que apostar em um talento em ascensão.

Fontes: SPORTbible, PlanetF1, Sky Sports, Reuters, ESPN.