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O ritual inédito de Messi: uma história da final de 2015

Em uma entrevista à TyC Sports em 2017, Messi disse que normalmente espera que os outros se aproximem dele. Ele mencionou apenas uma exceção:

“Eu não peço camisetas, normalmente eu as troco, mas uma vez pedi a de Zinedine Zidane”, afirmou, acrescentando que geralmente só troca camisetas com compatriotas.

Esse relato, porém, parece ser complicado pela lembrança de Buffon sobre a final da Liga dos Campeões de 2015, em Berlim. Em entrevista ao Corriere, o ex-capitão da Juventus disse que foi Messi quem se aproximou dele primeiro enquanto os jogadores seguiam para os vestiários.

“Final da Champions de 2015. Intervalo. Senti uma mão nas minhas costas: ‘Gigi, vamos trocar de camisa agora?’ Era o Messi. Os verdadeiramente grandes nunca fazem pose”, disse Buffon.

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Ele acrescentou que o momento o surpreendeu, pois ocorreu em um ponto tenso da partida.

Uma transferência para o Barcelona que quase aconteceu

Buffon também revelou que um dia teve a opção de se juntar ao Barcelona como goleiro reserva — uma possibilidade que ele considerou em parte porque já havia passado anos enfrentando Messi e Cristiano Ronaldo.

Mas durante uma viagem de carro pelo norte da Itália, contou ele, algo o levou em outra direção. Quando começou a tocar no rádio uma música de Jovanotti que ele não ouvia havia dez anos, percebeu que se aproximava da saída para Parma. “Um sinal”, recordou, explicando por que decidiu voltar ao clube onde sua carreira começou.

O fascínio duradouro por uma camisa de Messi

Refletindo sobre sua carreira, Buffon citou Messi, Ronaldo e Andrés Iniesta como os melhores jogadores que enfrentou. Também afirmou que Neymar tinha talento natural suficiente para ganhar “cinco Bolas de Ouro” — algo que, segundo ele, ainda o impressiona quando lembra dos confrontos entre eles.

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Histórias envolvendo camisas de Messi já apareceram antes. Em 2020, o lateral do Bayern de Munique Alphonso Davies disse à BT Sport que tentou, sem sucesso, trocar de camisa após a derrota do Barcelona por 8 a 2 na Liga dos Campeões, comentando que Messi parecia “um pouco chateado” após a partida.

Foram necessários mais de 900 dias, mas Davies finalmente conseguiu o souvenir. Após a vitória do Bayern por 1 a 0 sobre o Paris Saint‑Germain em 2023, ele deixou o Parc des Princes segurando a camisa de Messi — um desfecho discreto para uma busca longa.

Momentos como esse, compartilhados anos depois por jogadores de ambos os lados de grandes rivalidades, continuam a iluminar os pequenos gestos que moldam a reputação de Messi tanto como competidor quanto como colega.

Fontes: TyC Sports, Corriere, BT Sport.

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