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Os piores mandatos de treinadores da Premier League de todos os tempos – classificação

Ser treinador na Premier League é um dos trabalhos mais desafiadores do futebol. As expectativas são altíssimas, a paciência é curta e a pressão é implacável. Alguns técnicos prosperam sob esse peso, outros desabam de forma espetacular. Os dez nomes a seguir pertencem claramente a este segundo grupo. Confira os mandatos mais desastrosos da história da liga inglesa — do décimo lugar até o pior de todos.

10. Les Reed – Charlton Athletic

Les Reed
Steve Hogg / Solent Creatives from Southampton, United KIngdom, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

A breve passagem de Les Reed pelo Charlton Athletic na temporada 2006–07 tornou-se um exemplo clássico do que não fazer. Depois de substituir Iain Dowie, Reed venceu apenas uma partida em oito jogos, mostrando-se completamente fora de profundidade no nível mais alto. O Charlton era um time estabelecido na Premier League, mas seu curto mandato acelerou o declínio rumo ao rebaixamento. Foi um período tão fraco que ele nunca mais voltou a treinar um clube da primeira divisão. Um dos episódios mais esquecíveis da era moderna.

9. Remi Garde – Aston Villa

Remi Garde
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Quando Remi Garde assumiu o Aston Villa em 2015, havia esperança real. O francês chegou com boa reputação do Lyon e tinha à disposição talentos como Jack Grealish e Idrissa Gueye. No entanto, o otimismo desapareceu rapidamente: apenas duas vitórias em 20 partidas da liga e uma equipe completamente sem rumo. O vestiário se desfez e os torcedores perderam a fé quase de imediato. Sua breve passagem deixou o clube afundado na lanterna e manchou sua carreira.

8. David Moyes – Manchester United

David Moyes
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Substituir Alex Ferguson no Manchester United era uma tarefa quase impossível, mas David Moyes conseguiu torná-la ainda pior. Herdou um time campeão e, em pouco tempo, destruiu sua confiança e identidade vencedora. O United perdeu seu estilo, sua força e seu prestígio. Embora suas estatísticas não sejam as piores desta lista, a queda em relação às expectativas foi brutal. Seu fracasso marcou o fim de uma era e o início de uma década de instabilidade no clube.

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7. Roy Hodgson – Watford

Roy Hodgson
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A chegada de Roy Hodgson ao Watford no início de 2022 deveria trazer estabilidade — mas fez o oposto. O treinador não venceu nenhuma partida em casa e falhou em unir um elenco dividido. Um momento marcante foi quando ele aplaudiu a torcida do Crystal Palace após uma derrota, ignorando completamente os torcedores do Watford, o que piorou ainda mais a relação com o clube. Para um técnico tão experiente, foi um fracasso difícil de ignorar.

6. Paul Jewell – Derby County

Paul Jewell
Photo: wiganathleticsupportersclub.co

Paul Jewell assumiu o Derby County em novembro de 2007 com a missão de salvar uma temporada condenada. Ele não venceu um único jogo na Premier League. O Derby terminou com apenas 11 pontos — a pior marca da história — e foi dominado praticamente em todas as partidas. Jewell, antes visto como um treinador promissor, nunca recuperou sua reputação depois disso. Sua passagem tornou-se sinônimo de fracasso.

5. Nathan Jones – Southampton

Nathan Jones
James Boyes from UK, CC BY 2.0 https://creativecommons.org/licenses/by/2.0, via Wikimedia Commons

Nathan Jones levou muito carisma ao Southampton, mas nenhuma estabilidade. Em oito jogos na temporada 2022–23, ele proferiu declarações absurdas, mostrou táticas confusas e acumulou derrotas. Disse, por exemplo, que jogar com um jogador a mais atrapalhava a equipe e frequentemente invocava Deus para justificar seus resultados. Com apenas uma vitória, os Saints afundaram na tabela. Sua demissão era questão de tempo.

4. Alan Shearer – Newcastle United

Alan Shearer
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Alan Shearer assumiu o comando do Newcastle United em 2009 como um herói local, encarregado de evitar o rebaixamento. Com apenas oito jogos restantes, ele venceu apenas uma vez e o clube caiu para a Championship. Sua inexperiência ficou evidente, embora os torcedores não o culpassem diretamente pelo desastre. O verdadeiro problema estava na direção do clube. Mesmo assim, foi um capítulo doloroso na história dos Magpies.

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3. Felix Magath – Fulham

Felix Magath
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Felix Magath chegou ao Fulham com um currículo vitorioso, mas sua passagem foi tão bizarra quanto curta. Suas ideias ultrapassadas e métodos excêntricos — como recomendar esfregar queijo em uma lesão muscular — chocaram o elenco. Apesar de três vitórias em 12 partidas, ele desestabilizou completamente o time e acelerou o rebaixamento. O Fulham entrou em crise e a imagem de Magath na Inglaterra foi irreparavelmente manchada.

2. Ange Postecoglou – Nottingham Forest

Ange Postecoglou
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A passagem de Ange Postecoglou pelo Nottingham Forest na temporada 2025–26 durou apenas 39 dias — e foi um desastre completo. Sem pré-temporada nem respaldo real da diretoria, ele perdeu quatro dos cinco jogos e foi demitido minutos após uma derrota para o Chelsea. O fracasso estava anunciado desde o início, em meio a disputas internas e resistência do elenco. Nem mesmo seu sucesso anterior na Europa foi suficiente para salvá-lo.

1. Frank de Boer – Crystal Palace

Frank De Boer
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No topo desta lista está Frank de Boer e sua passagem desastrosa pelo Crystal Palace. Contratado para implementar um estilo de jogo baseado na posse de bola, tudo ruiu rapidamente. Quatro jogos, quatro derrotas, nenhum gol e uma demissão em setembro de 2017. Suas ideias não pegaram, o time se mostrou perdido e a diretoria apertou o botão de pânico imediatamente. Até José Mourinho chegou a chamá-lo de “o pior treinador da história da Premier League” — e poucos discordam.

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