Por dentro da Ferrari: engenheiro sénior revela a verdadeira relação com Hamilton
O primeiro ano de Lewis Hamilton na Ferrari despertou muita curiosidade no paddock. Resultados irregulares, declarações contundentes e especulações persistentes levaram alguns a questionar se o heptacampeão mundial havia realmente se adaptado a Maranello tão bem quanto se esperava.
Mas um alto dirigente da Ferrari afirma que a narrativa pública está longe da realidade.
Uma temporada marcada por contratempos técnicos iniciais
Hamilton terminou a temporada de 2025 em sexto lugar no campeonato, com sua única vitória ocorrendo na corrida sprint da China. Segundo o PlanetF1, a Ferrari passou boa parte do ano lidando com um problema de acerto detectado pela primeira vez na Austrália.
Esse defeito forçou tanto Hamilton quanto Charles Leclerc a adotarem a técnica de “lift and coast” (tirar o pé do acelerador e deixar o carro rolar) para preservar o desgaste da prancha do carro um compromisso que comprometeu o desempenho total.
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As limitações ficaram evidentes nos números. Hamilton raramente teve vantagem nas classificações e terminou atrás de Leclerc na maior parte da temporada. Após uma fase difícil, com três eliminações consecutivas no Q1, ele revelou à imprensa no Catar que Pierre Gasly, da Alpine, havia descrito a Ferrari como “terrível”.
Frustração se torna pública
Ambos os pilotos da Ferrari se mostraram incomumente francos ao longo do ano. O PlanetF1 destacou que o presidente John Elkann chegou a pedir publicamente que Hamilton e Leclerc se concentrassem em seu trabalho após críticas sobre o ritmo do carro.
Mais tarde, em Abu Dhabi, Hamilton deu a entender que poderia repensar partes de sua estrutura de apoio para 2026, mesmo depois de conseguir terminar em oitavo após largar da 16ª posição.
A visão interna da Ferrari
Enquanto os comentários externos sugeriam tensão crescente, Matteo Togninalli, chefe de engenharia de pista da Ferrari, apresentou uma perspectiva diferente em entrevista ao PlanetF1 durante o fim de semana do GP do Catar.
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Ele explicou que o processo de adaptação sempre seria exigente para um piloto que passou uma década na Mercedes e estava acostumado a uma dinâmica operacional distinta.
Togninalli reconheceu a frustração por não estar na disputa pelo título, mas ressaltou que a dinâmica interna permaneceu estável. “De fora, parece pior do que realmente é”, afirmou, acrescentando que a Ferrari vê a relação com Hamilton como “extremamente positiva”.
O que vem a seguir
Hamilton entra em 2026 para o segundo ano de seu contrato de dois anos com a Ferrari, com uma opção para 2027. A aguardada reformulação das regras em 2026 que alterará profundamente a aerodinâmica e a arquitetura dos motores traz esperança à Ferrari de uma mudança no equilíbrio competitivo.
Por ora, a equipe insiste que a base da parceria com Hamilton é sólida, mesmo que os resultados ainda não tenham refletido as ambições que motivaram a união.
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Fontes: PlanetF1
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