Conor McGregor submete-se a um tratamento psicadélico no México.
A vida de McGregor fora do octógono tem sido alvo de fortes críticas nos últimos anos.
De acordo com reportagens de veículos britânicos, um tribunal civil irlandês determinou em novembro de 2024 que ele era responsável por agredir Nikita Hand, concedendo a ela uma indenização de €248.000.
No verão seguinte, um vídeo começou a circular online, aparentemente mostrando McGregor envolvido em uma briga dentro de uma boate em Ibiza—mais um episódio na série de incidentes que têm manchado sua carreira.
Um retorno em espera
As especulações sobre seu retorno aumentaram no início deste mês, quando a Agência Antidoping de Esportes de Combate (CSAD)—responsável pelos testes em esportes de combate regulamentados—confirmou que ele havia sido suspenso por não realizar três coletas obrigatórias de amostras biológicas em 2024.
A suspensão foi retroativa ao primeiro teste perdido, em 20 de setembro de 2024, o que significa que ele só poderá voltar a competir a partir de 20 de março de 2026. McGregor não luta desde que sofreu uma grave lesão na perna em 2021—um longo afastamento que só aumentou as dúvidas sobre se ele voltará algum dia ao octógono.
Uma sessão de tratamento em Tijuana
Com o futuro competitivo em pausa, McGregor afirmou ter viajado a Tijuana para participar de uma sessão de terapia com ibogaína—um tratamento que pode custar dezenas de milhares de libras e continua proibido nos Estados Unidos.
Em uma publicação feita no X em 23 de novembro, ele descreveu a experiência como “incrível, intensa e absolutamente reveladora”, afirmando que teve uma visão de quase-morte.
“Eu me via de cima enquanto tudo acontecia, e depois me vi dentro do caixão”, escreveu ele. “Deus então veio até mim na Santíssima Trindade.”
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O que é a ibogaína—e por que atrai tanta atenção
O New York Times descreve a ibogaína como uma substância psicoativa poderosa, extraída da casca da raiz da planta africana iboga, geralmente consumida em pó. Segundo o jornal, ela vem sendo usada há gerações em diversos países africanos e pode aliviar os sintomas de abstinência de opioides e reduzir o desejo por drogas.
O Dr. Joseph Peter Barsuglia, pesquisador da substância, disse ao Times que a ibogaína parece “reiniciar” certos circuitos neurológicos e pode proporcionar aos usuários “uma nova perspectiva sobre pensamentos autodestrutivos”.
Embora a droga seja classificada como substância de Classe I nos EUA, clínicas especializadas em ibogaína funcionam legalmente no México—especialmente em cidades fronteiriças como Tijuana, onde milhares de pessoas buscam tratamentos alternativos todos os anos.
O relato de McGregor soma-se ao crescente debate sobre o uso de psicodélicos na medicina esportiva e se essas terapias poderiam, eventualmente, ser estudadas ou regulamentadas de forma oficial.
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Fontes: The New York Times, reportagens britânicas, comunicados da CSAD
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