“É perigoso”: Estrelas do badminton temem lesões graves na Alemanha
O problema reflete a situação do torneio Denmark Open no início do ano, quando a mesma marca de pisos causou confusão.
Jogadores e treinadores descreveram as superfícies como imprevisíveis e perigosas, dizendo que precisam se conter por medo de se machucar.
Durante as partidas de quarta-feira, o francês Christo Popov escorregou de forma que assustou muitos espectadores.
Embora não tenha se ferido, o susto aumentou a pressão sobre os organizadores do torneio e a Federação Mundial de Badminton (BWF).
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Os oficiais interromperam o jogo por alguns minutos para uma limpeza profunda, mas os jogadores relataram depois que as quadras voltaram a ficar escorregadias rapidamente.
O dinamarquês Magnus Johannesen disse à TV2-Sport que era quase impossível manter o equilíbrio, explicando que seus tênis deslizavam vários centímetros sempre que tentava se impulsionar.
Tentativas de resolver o problema
Funcionários da BWF e voluntários locais limparam as quadras repetidas vezes entre as partidas, mas o problema continua.
Vários jogadores, incluindo Mia Blichfeldt, comentaram que os atrasos e a incerteza aumentaram o estresse, embora os organizadores parecessem fazer o possível para resolver a situação.
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A Victor Europe, empresa responsável pelos novos pisos, reconheceu que já sabia das reclamações no Denmark Open e tentou evitar uma repetição.
Em entrevista à TV2-Sport, o gerente de vendas Pascal Sieck explicou que as quadras usadas na Alemanha vieram de outro lote, mas foram feitas com os mesmos materiais e processo.
Sieck acrescentou que o problema pode vir de uma substância química usada na produção, que deixa resíduos na superfície. Ele admitiu que a limpeza feita antes e durante o torneio provavelmente não foi suficiente, mas reforçou que a segurança dos jogadores é prioridade máxima.
Frustração crescente entre os atletas
No meio da semana, a quadra número dois continuava apresentando os maiores problemas, enquanto as condições das outras melhoraram um pouco.
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Mesmo assim, vários atletas disseram não conseguir se mover naturalmente, descrevendo o piso como imprevisível e perigoso.
O jogador francês Alex Lanier disse à TV2-Sport que, mesmo nos treinos, quase todos escorregaram pelo menos uma vez. Ele explicou que a insegurança afeta o desempenho, já que os jogadores hesitam em se mover com agressividade por medo de cair.
A frustração entre os atletas está crescendo. Eles dizem que não conseguem treinar ou competir em plena intensidade e pedem medidas mais firmes do fabricante e dos organizadores antes que alguém sofra uma lesão grave.
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