Verstappen traz impulso para uma decisão de alto risco em Abu Dhabi
O Catar trouxe a reviravolta capaz de transformar a disputa pelo título. Quando um safety car apareceu logo no início da corrida e levou a maioria dos pilotos aos boxes, a McLaren optou por permanecer na pista — uma decisão que permitiu a Verstappen assumir o controle assim que a prova foi retomada.
Piastri terminou em segundo lugar, e Norris conseguiu o quarto, reduzindo a diferença na classificação muito mais do que se esperava e transformando a última etapa em um verdadeiro confronto final.
Após a corrida, Verstappen demonstrou tranquilidade diante da situação, reconhecendo o quanto esse cenário parecia improvável algum tempo atrás.
“Estou animado, feliz por ir lá e tentar”, disse ele.
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Ele acrescentou que sua recuperação mudou sua perspectiva: “Faço tudo o que posso, mas ao mesmo tempo, se eu não vencer, ainda assim sei que tive uma temporada incrível.”
Como a Red Bull reencontrou seu desempenho
O impulso de Verstappen começou muito antes do Catar. Conforme relatado pelo The Guardian, a Red Bull introduziu um pacote de atualizações significativo em Monza, que corrigiu os problemas de equilíbrio que tornavam o carro imprevisível nas primeiras corridas da temporada.
A estabilidade melhorada restaurou a sensibilidade na parte dianteira — algo essencial para Verstappen — e o ajudou a conquistar cinco vitórias e mais três pódios na reta final da temporada.
Ele creditou o sucesso não apenas às atualizações, mas também à força da equipe por trás dele. Verstappen destacou a compreensão sólida que mantém com seu engenheiro de corrida, Gianpiero Lambiase, e a eficiência da equipe como um todo.
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“Vencemos corridas que talvez não devêssemos ter vencido — como a de domingo — por termos tomado a decisão certa como equipe”, afirmou, observando que a comunicação muitas vezes compensa a falta de ritmo puro.
Pressão crescente na McLaren
Norris ainda tem o caminho mais claro rumo ao título. Terminar à frente de Verstappen e Piastri — ou simplesmente garantir o terceiro lugar ou melhor — lhe daria seu primeiro título mundial. No entanto, a McLaren acabou criando dificuldades para si mesma.
A desclassificação dos dois carros em Las Vegas por desgaste excessivo do assoalho — um episódio destacado pelo The Guardian — deu a Verstappen uma virada importante na pontuação e reacendeu uma disputa que parecia encerrada.
Piastri ainda está na briga, mas com chances mais estreitas. Ele precisa vencer em Abu Dhabi e torcer para que Norris termine em sexto lugar ou pior. Esse cenário gera uma tensão incomum dentro de uma equipe que passou a maior parte do ano celebrando seu renascimento.
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Uma final com ecos familiares
Abu Dhabi já foi palco de decisões de campeonato antes, e a lembrança do primeiro título dramático de Verstappen em 2021 ainda é viva. Aquela corrida terminou em controvérsia após uma decisão tardia do safety car que a FIA posteriormente classificou como erro humano.
Nesta temporada, porém, o contexto é bem diferente. Verstappen chega não como campeão sob pressão, mas como o desafiante tardio com o embalo a seu favor.
Poucos previram que a temporada terminaria com três pilotos separados por uma margem tão pequena. No entanto, a combinação de atualizações técnicas, estratégias certeiras e a confiança renovada de Verstappen transformou o panorama — e prepara um capítulo final decisivo em Yas Marina por um título que até recentemente parecia inalcançável.
Fontes: The Guardian
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