Os proprietários do Liverpool encerram o debate sobre a saga de Salah e Slot
A diretoria do Liverpool tentou acalmar as tensões internas após uma noite dramática em Elland Road, onde uma vantagem desperdiçada, um atacante estrela frustrado e uma crescente preocupação com o desempenho da equipe se combinaram sob os holofotes. Segundo Paul Joyce, do The Times, o Fenway Sports Group (FSG) continua apoiando o técnico Arne Slot, apesar do crescente desconforto externo.
O empate em si trouxe pouco alívio. O Leeds reverteu um início de 0–2, e embora Dominik Szoboszlai tenha momentaneamente devolvido a liderança ao Liverpool, o gol de empate de Ao Tanaka nos minutos finais simbolizou um período em que a equipe tem dificuldade para manter a vantagem ou controlar as partidas. Essa instabilidade prolonga uma sequência que levanta dúvidas sobre os primeiros meses de Slot no comando.
No entanto, o jogo logo ficou em segundo plano. Salah, que permaneceu no banco durante toda a partida, concedeu uma entrevista incomumente direta ao final. Conforme relatado pelo The Times, ele disse sentir-se “jogado aos leões” e sugeriu que sua relação com Slot havia se deteriorado — declarações impactantes, considerando tanto sua posição de liderança quanto seu habitual perfil discreto diante da imprensa.
Comentaristas e torcedores reagiram imediatamente. O ex-atacante do Liverpool, Michael Owen, foi um dos que questionaram o momento escolhido por Salah para fazer tais comentários, especialmente em um dos períodos mais instáveis do clube nos últimos anos. Segundo Joyce, o Liverpool sofreu nove derrotas nas últimas 15 partidas em todas as competições, incluindo derrotas dolorosas contra Chelsea, Manchester United e Manchester City — um contexto que aumenta a pressão sobre Slot.
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Apesar disso, o The Times afirma que o FSG permanece determinado a dar a Slot a chance de estabilizar a equipe. Joyce observa que, embora os proprietários queiram demonstrar paciência, “essa paciência não será ilimitada” e que qualquer decisão sobre o futuro de Slot dependerá dos resultados, e não do descontentamento de Salah.
A redução do protagonismo de Salah adiciona mais incerteza à situação. Ele marcou cinco gols nesta temporada, mas não foi titular nas últimas três partidas do Liverpool. De acordo com Joyce, ficou de fora do time contra o West Ham, entrou apenas no segundo tempo contra o Sunderland e nem foi utilizado contra o Leeds. Com a sua partida para a Copa Africana de Nações marcada para 15 de dezembro, o atacante gerou ainda mais especulações ao insinuar que o jogo deste fim de semana contra o Brighton pode ser seu último pelo clube, apesar de ter renovado contrato por mais dois anos em abril.
Para o Liverpool, a prioridade imediata é voltar a focar no futebol. A equipe de Slot viaja à Itália nesta terça-feira para enfrentar a Inter de Milão pela Liga dos Campeões — uma partida que agora carrega um peso ainda maior. Se servirá para acalmar os ânimos ou para intensificar a pressão, poderá definir o tom das próximas semanas.
Fonte: The Times
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